Sobre a Saúde das mamães: semana nacional de combate a mortalidade materna

Durante toda esta semana (28/05 a 01/06) foi celebrada a Semana de Mobilização pela Saúde das mulheres que tem como tema central o combate à mortalidade materna. Assunto importante especialmente no que se refere a problemas decorrentes no período de 42 dias após o parto levando mulheres que saíram do estado pós-parto a óbito.
No início desta semana o Ministério da Saúde lançou em um evento da Organização Pan Americana da Saúde (OPAS) o Dia Internacional pela Saúde da Mulher. O objetivo deste dia é tratar meios de saúde para prevenir a mortalidade materna.
Mas, o que isso significa na prática?
Primeiro é bom ter em mente as quantidades e os fatores que aumentam a taxa de mortalidade:
"Entre 1990 e 2015 a redução na razão de mortalidade materna no Brasil foi de 143 para 62 óbitos maternos por 100 mil nascidos vivos, o que representou uma diminuição de 56%. Esta redução tem sido reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ao destacar que houve avanços significativos desde a década de 90 nas políticas públicas de saúde.
De acordo com dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade, em 2015, o Brasil registrou 1.738 casos de morte materna, que engloba óbitos causados por problemas relacionados à gravidez ou ao parto ou ocorridos até 42 dias depois. Em 2016, foram registrados 1.463 casos, uma queda de 16% em relação ao ano anterior. (Dados atualizados do Ministério da Saúde)."
O mais importante, porém, é a preocupação para evitar os motivos que levam ao óbito: problemas causados durante a gestação e na hora do parto.
É exatamente por isso que as Academias Mundiais de Medicina insistem na importância das gestantes em começarem o pré-natal o mais cedo possível, realizar todos os exames necessários e cuidar de cada pormenor no período da gravidez.
O Ministério ainda informa que cerca de 92% das mortes são causadas por situações de risco que poderiam ser tratadas durante a gestação, o que aponta um descuido e despreocupação muito grandes no que se refere ao acompanhamento de pré-natal.
Alguns sinais são indicativos ainda maiores de buscar assistência médica imediata durante a gestação: dor na nuca, visão turva, sangramento na vagina ou febre.
Há um programa na rede pública de saúde chamado “Rede Cegonha” que acompanha a mulher desde a concepção, o pré-natal, parto e pós-parto e até a criança completar dois anos de vida. São repassados cerca de 1 bilhão de reais à rede pública para a manutenção deste programa - ou seja, as necessidades básicas e primordiais podem ser acompanhadas pela rede pública de saúde sem maiores problemas.
Um dos grandes incentivos feitos atualmente é em relação à diminuição das taxas de cesárea no país. Isso porque ainda é muito grande a diferença na quantidade de cesáreas eletivas (agendadas e/ou realizadas sem necessidade) em relação à quantidade de partos normais - que é mais indicado tanto para a saúde da mulher quanto do bebê - em breve faremos aqui um post falando sobre os benefícios do parto normal.
E é importante lembrar que cesárea é cirurgia e, por isso, envolve todos os riscos de uma cirurgia comum - especialmente para as mulheres que desejam ter mais filhos.
Esse tipos de comemorações sazonais são importantes porque trazem à tona discussões muitas vezes esquecidas como a importância do incentivo ao parto normal humanizado, com o mínimo de intervenções possíveis.
Caso você tenha dúvidas ainda sobre essa questão do parto normal, é só ficar de olho no nosso blog que em breve voltaremos com mais conteúdo para você.
Até lá.
Fonte:
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