Já tomou o seu remédio para emagrecer, hoje?

Quis chamar, propositalmente, a sua atenção com o título deste texto.
Porque todo mundo sabe, de uma maneira ou de outra, que tomar medicamento para emagrecer é comumente contra-indicado por diversas classes de profissionais: médicos, nutricionistas, nutrólogos, psicólogos, educadores físicos tutti quanti e mesmo pelo senso comum - pergunte, a título de exemplificação, para qualquer pessoa que você conhece, o que ela acha de tomar remédio para emagrecer. É certo que dirá algo no sentido de “não pode, faz mal”.
Então, por que é que basta você dar uma “googlada” para perceber as mais diversas opções de remédios “rápidos e eficazes” com promessas milagrosas para perder peso?
Vamos por partes: em primeiro lugar não é necessariamente errado fazer uso de medicamentos em casos específicos. O problema é quando é feito sem prescrição médica e o mínimo de conhecimento sobre o que se está ingerindo (é cada “receita mágica” que aparece!).
Em segundo lugar o grande problema de fundo que diz respeito ao remédio como uma solução para o problema do sobrepeso é utilizá-lo como um caminho rápido e desesperado em alternativa ao percurso mais lento e difícil: fazer atividades físicas e desenvolver novos hábitos alimentares. Para alguns especialistas como o professor David Katz da Universidade Yale, nos Estados Unidos, deveria haver muito mais investimentos em programas de educação alimentar e atividades físicas do que em fármacos, mas nem todo mundo pensa assim.
Para o psiquiatra Adriano Segal da Associação Brasileira para o estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) “É um problema complicado e nem sempre só a força de vontade vai resolver”. A comunidade médica, em geral, compartilha deste mesmo princípio e enxerga a obesidade como um problema patológico, mesmo.
Ademais, há outros problemas secundários que envolvem a dificuldade para a grande maioria das pessoas que travam guerra contra a balança: manter o emagrecimento. Apenas 5% dos que conseguem emagrecer, consegue também manter o peso por cinco anos, revelam dados do hospital Oswaldo Cruz em São Paulo.
Aliado a todo este cenário há uma preocupação ainda maior: a última Pesquisa Saúde realizada pelo IBGE chegou à conclusão que mais da metade da população brasileira está acima do peso e que aproximadamente 20% já é obesa.
E as projeções não são animadoras: a tendência é piorar nos próximos anos e as tentativas frustradas cada vez mais frequentes entre aqueles que buscam o emagrecimento vai aumentando gradativamente a preocupação de toda a classe médica.
É exatamente por isso que a chegada de medicamentos testados e aprovados com sucesso vem gerando entusiasmo entre os médicos que lidam diariamente com pacientes que precisam mesmo perder peso, para uma questão muito além de aparência física.
Foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) um novo medicamento para os casos cuja dupla dieta e exercícios físicos não surtem resultado.
Trata-se da liraglutina “uma injeção subcutânea aplicada com uma espécie de caneta, criada pela farmacêutica Novo Nordisk e comercializada com o nome Saxenda [...] ela imita, dentro do corpo, a ação de um hormônio natural, o GLP-1. A substância, originalmente fabricada no intestino, atua no sistema digestivo e no cérebro induzindo a sensação de saciedade após as refeições”. (Fonte 1).
O remédio faz com que a pessoa sinta menos fome e coma porções menores durante o dia.
Ocorre que este é um medicamento novo para o emagrecimento, mas não para os endocrinologistas. Ele é estudado desde a década de 90 para o tratamento de diabetes tipo 2. E, inclusive, medicamentos derivados do mesmo GLP-1 são comercializados com outros nomes e vendidos para controle de glicemia. Foi justamente em pesquisas realizadas para o fim de tratamento diabético que o efeito de inibidor de apetite foi descoberto através deste fármaco.
“A Novo Nordisk recrutou pesquisadores e voluntários pelo mundo afora e decidiu, então, testar novas formulações da liraglutida em obesos sem diabete.
Ela provou seu valor em um estudo com 3 731 pacientes divididos em dois grupos: um tomou o remédio de verdade; o outro, uma versão de mentira. Todo mundo foi instruído a fazer dieta e exercício. Após um ano e dois meses, 63% dos participantes que usaram a liraglutida haviam perdido peso em comparação aos 27% da turma do placebo.
A média de perda chegou a 7,8 quilos, e a redução na circunferência abdominal foi de 8,2 centímetros”. (Fonte 1).
Torna-se ainda mais animador porque praticamente não há efeitos colaterais. O endocrinologista Marcio Mancini, do Hospital das Clínicas de São Paulo que participou dos testes clínicos, apontou que a única reclamação recorrente entre os pacientes foi enjoo.
E assim como todo remédio para este fim específico, só pode ser receitado pelo médico e para pessoas obesas ou diabéticas.
De qualquer maneira, o que precisamos aqui reforçar com clareza, mais do que a necessidade ou não do uso de remédios para o combate contra a balança, é a importância indispensável de um acompanhamento médico especializado como o endocrinologista.
Não dá simplesmente para um dia estar com uma alimentação totalmente desregrada e vida sedentária e no outro, como num passe de mágica, passar a tomar medicação rigorosa e sem mediação. É este o ponto sobre o qual nós insistimos.
Por isso, se você está numa situação de obesidade ou sobrepeso lembre-se de que você não precisa fazer nada sozinho ou sozinha. Há muitas alternativas saudáveis, viáveis e eficientes para que este não seja mais um problema.
Você tem a Alpha Saúde à sua disposição. Venha conhecer a clínica e conversar com o Dr Mario Lhano, endocrinologista e especialista em nutrologia e fisiologia do exercício. Ele pode ser o apoio que você precisa numa batalha que não se vence sozinho.
Agende hoje mesmo a sua consulta. Esperamos por você.
Fonte:
https://saude.abril.com.br/medicina/remedios-para-emagrecer-a-nova-geracao/
https://ww2.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/pns/2013/
http://www.novonordisk.com.br/
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