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Alterações hormonais podem ter causas cerebrais: entenda porque a neuroendocrinologia é importante.


Eu já falei disso aqui antes e hoje eu vou explicar, com as minhas palavras, como é que funciona na prática.

Você sabe bem que o nosso organismo é orquestrado a partir dos “comandos gerais”, digamos assim, do nosso cérebro. Até aí tudo bem. Mas, é importante saber que há algumas especificidades neste processo que é justamente o endocrinologista quem administra e eu quero reforçar o quanto isso é importante.

Existem muitos problemas endócrinos que são causados por disfunções neurológicas.

A depressão é um bom exemplo para explicar como isso se dá. Essa doença, na grande maioria das vezes, vem associada a distúrbios de apetite, variações no sono, no desejo sexual, e outros problemas físicos associados aos psicológicos.

Isso acontece porque há glândulas do cérebro, a hipófise, que produzem hormônios controladores da produção de outros hormônios do corpo. É como se fosse uma espécie de “carro chefe” da produção hormonal do organismo. E há, ainda, o hipotálamo, o “controle geral” da hipófise.

Quando há qualquer alteração nessa glândula ou no controle dela, há o desencadeamento de uma disfunção geral dos hormônios naquela pessoa. É uma reação em cadeia que vai atingindo todos os níveis hormonais. E que pode gerar grandes e sérios problemas de saúde.

É justamente por isso que os especialistas neste ramo da endocrinologia dedicam um bom tempo em pesquisas que ajudem a compreender melhor como se dá essa relação neural e endócrina para traçar diagnósticos, tratamentos e pensar, inclusive, em prevenções.

Algumas das doenças tratadas por neuroendocrinologistas, são:

Doença de Cushing: é geralmente causada pelo uso excessivo de corticóide ou produção excessiva de cortisol. O principal indicativo sintomático é a obesidade centrípeta, quando a pessoa engorda muito na face e no abdômen, e fica fraca (alguns casos com atrofiamento) em membros finos e de musculatura, como pernas e braços.

Hiperprolactinemias: aumento do nível de prolactina que, na maioria das vezes, causa problemas reprodutivos, predominantemente ocorrendo em mulheres.

Hipogonadismo: é uma doença na qual as gônadas (testículos nos homens e ovários nas mulheres) não produzem quantidades adequadas de hormônios sexuais, como a testosterona nos homens e o estrogênio nas mulheres.

Síndrome de Kallmann: é uma forma rara de hipogonadismo hipogonadotrófico e caracteriza-se pela sua associação a anosmia ou hiposmia - nomenclaturas científicas para perda absoluta ou parcial do olfato.

Além destas doenças, atrasos de crescimento e ou precocidades puberais também são áreas de ação desta classe médica.

Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) estas são condições básicas a saber sobre as técnicas médicas da neuroendocrinologia para diagnóstico e tratamento:

1 - Para diagnosticar problemas neuroendócrinos, endocrinologistas solicitam testes hormonais. Os melhores exames de imagem são a ressonância magnética e a tomografia computadorizada. São indicados para os sintomas visuais a realização de campimetria, para confirmar distúrbio do quiasma, e exame oftalmológico completo, incluindo fundo de olho.

2 - Na maioria dos casos de tumores na hipófise, pode ser realizada cirurgia. Ela deve ser feita por neurocirurgião especializado, já que o acesso à região da hipófise é indicado, quase sempre, pelo nariz, sem "abertura da cabeça".

3 - Alguns tipos de tumores são tratados com medicações. Nestes casos, o melhor tratamento pode ser o medicamento. Em alguns casos, pode ser feita a associação da cirurgia e medicação.

Conhecer a área de atuação médica é fundamental. Só assim é possível saber onde se está e para onde se quer ir, com conhecimento e segurança.

Conte comigo para o que você precisar. Sou endocrinologista e posso ajudar você. Agende aqui sua consulta.

Fonte:

https://www.endocrino.org.br/neuroendocrinologia-para-pacientes/

https://www.endocrino.org.br/doenca-de-cushing-neuroendocrinologia/

http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5620/hiperprolactinemia.htm

https://www.minhavida.com.br/saude/temas/hipogonadismo

http://www.elsevier.pt/pt/revistas/revista-portuguesa-endocrinologia-diabetes-e-metabolismo-356/artigo/sindrome-kallmann-sera-possivel-um-diagnostico-mais-precoce-X1646343912852010

#neuroendocrinologia #neuro #endocrinologia

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