A menopausa chegou, e agora?

Menopausa é o nome médico dado para a última menstruação das mulheres. Ela acontece geralmente entre 45 e 55 anos de idade, e quando se dá antes dos 40 anos é chamada de menopausa prematura ou precoce. E não deve ser confundida com o climatério que é a fase na qual a mulher passa do período fértil para o infértil - não necessariamente relacionado à menstruação em si.
Muito pouco se sabia sobre a duração da menopausa até um estudo publicado pela revista científica americana JAMA, em 2014. Foram acompanhadas 1.499 mulheres no período que antecede a menopausa, chamado de perimenopausa, por mais de sete anos, nos Estados Unidos.
E um dos dados mais expressivos foi sobre a queixa mais comum das mulheres em relação a este período: o calor excessivo.
A pesquisa apontou que apenas 20% das mulheres sentem o calor excessivo somente após a ausência total da menstruação. Sessenta e seis por cento começam a perceber o sintoma juntamente com o início da irregularidade da menstruação e os outros 13% percebem enquanto ainda estão menstruando.
Ou seja: a maioria consegue identificar o sintoma atrelado à alteração fisiológica.
O diagnóstico certeiro, porém, não é rápido: somente após 12 meses de irregularidades nos ciclos menstruais é que é possível saber ao certo se se trata ou não de menopausa.
Estes são os principais sintomas observados e analisados pela classe médica:
1) Ondas de calor ou fogachos: episódios súbitos de sensação de calor na face, pescoço e parte superior do tronco, geralmente acompanhados de rubor facial, sudorese, palpitações cardíacas, vertigens, fadiga muscular. Quando mais intensos, podem impor limitações nas tarefas do dia a dia;
2) Irregularidades na duração dos ciclos menstruais e na quantidade do fluxo sanguíneo;
3) Manifestações urogenitais, tais como dificuldade para esvaziar a bexiga, dor e premência para urinar, incontinência urinária, infecções urinárias e ginecológicas, ressecamento vaginal, dor à penetração e diminuição da libido;
4) Sintomas psíquicos: a redução dos níveis de estrógeno e progesterona interfere com a liberação de neurotransmissores essenciais para o funcionamento harmonioso do sistema nervoso central. Como consequência, aumentam as queixas de irritabilidade, labilidade emocional, choro descontrolado, depressão, distúrbios de ansiedade, melancolia, perda da memória e insônia;
5) Alterações na pele, que perde o vigor, nos cabelos e nas unhas, que ficam mais finos e quebradiços;
6) Alterações na distribuição da gordura o corpo: o tecido fibroglandular mamário é substituído por tecido gorduroso que também se deposita mais na região abdominal;
7) Perda de massa óssea característica da osteoporose e da osteopenia;
8) Risco aumentado de doenças cardiovasculares: a doença coronariana é a principal causa de morte depois da menopausa. (Fonte).
É muito importante que a mulher saiba que por mais sintomas que ela possa desenvolver o quão difícil seja lidar com este processo, é perfeitamente possível levar uma vida normal e saudável. Foi-se a época na qual ela precisava conviver com os sintomas sem conseguir amenizá-los. Vale lembrar que a expectativa de vida na década de 60, por exemplo, era de 48 anos de idade - o que nos permite dizer que a grande maioria das mulheres morria convivendo com estes sintomas que pareciam prever o fim da vida.
Hoje a expectativa é de 75 anos de idade. A grande maioria das mulheres vai conviver com a menopausa por muitos anos e podem (e devem) fazer isto da maneira mais harmônica possível.
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Fonte:
https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/fullarticle/2110996
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/menopausa-e-climaterio/