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Glândula Pineal: Problemas nos relacionamentos podem ser físicos e não emocionais


Falo com bastante frequência aqui no nosso blog que não podemos e não devemos ignorar as funções fisiológicas e bioquímicas do nosso corpo quando nos deparamos com algum problema que, aparentemente, seja emocional ou moral ou psicológico.

Já falei várias vezes aqui sobre os hormônios, por exemplo. E na sua estrita relação com disposição física, humor, desempenho sexual, comportamento.

E nessa linha que hoje quero e preciso falar com vocês sobre relacionamento afetivo.

E o que isso tem a ver com saúde, com endocrinologia?

Muito mais do que você possa imaginar. Muito mesmo. E se realmente algum texto que você já leu por aqui lhe surpreendeu, este irá ainda mais. É muito provável que você nunca tenha ouvido falar na relevância que a sua atividade cerebral tem nos seus desentendimentos afetivos.

Um psiquiatra brasileiro, Dr Ítalo Marsili. relata que em seu consultório consegue resolver quase todos os problemas conjugais que aparecem para ele, há muitos anos, sem tratar necessariamente de questões psicológicas e emocionais.

Isso acontece porque existe uma função cerebral desempenhada por uma estrutura chamada amígdala que é fundamental, a peça chave, no modo como lidamos com nossos afetos e com os nossos relacionamentos pessoais.

Funciona mais ou menos assim: a lembrança ou a presença em situações desfavoráveis, que nos causam medo, incômodo ou agitação entram através dos nossos sentidos e passam pela amígdala. Diante do medo ela contrai e não permite que aquela sensação que estamos experimentando passe para o cérebro, para a razão, para que seja por ela processada.

Então toda a nossa sensação experimentada naquele momento é sentida e ressentida no campo das emoções, que refletem instantaneamente nos órgãos inferiores: estômago, barriga, cabeça - daí as tonturas, enjôos, dores agudas de cabeça, tremedeiras.

Há uma reação físico-química de neurotransmissores que se dá aí e que ativa em nós disposição para lutar ou fugir. É exatamente por isso que em situações dessas nós ou damos um jeito de escapar, ou reagimos com agressividade, com explosão, por impulso, como se realmente não pudéssemos nos controlar.

O nosso sistema nervoso está dividido entre simpático e parasimpático. Quando a amígdala está fechada nós liberamos mais adrenalina e é ativada uma emoção negativa que se acumula. Já quando é o nosso sistema nervoso parasimpático que reage a nossa tendência será descansar e digerir, ao invés de lutar ou fugir.

Entende agora o porquê você sabe que ama o seu companheiro(a). tem certeza que tem tudo para dar certo, faz de tudo para tentar melhorar a situação, mas sempre acaba em desentendimento?

A reação de vocês pode simplesmente estar sendo ativada pelo sistema nervoso simpático.

E como mudar essa situação de uma vez por todas? Conduzindo as suas emoções, dando destino a elas sem deixar que conduzam as suas ações e a sua vida.

Para isso existe um exercício muito simples que consiste em deitar-se, inspirar por quatro segundos e expirar. Faça isso pelo menos cinco minutos por dia. Você vai aprender a coordenar a sua frequência cardíaca em situações de conflito, medo, desconforto e incômodo e, desse modo, fazer com que a sua amígdala se abra para filtrar as suas sensações.

Pode parecer mágica, mas é medicina bem conhecida e divulgada para quem merece: nossos pacientes.

Faça o teste, observe e conte o resultado. É certo que você vai se surpreender.

Dr. Mário Lhano

Endocrinologista e Metabologista CRM 101515, atende há mais de 10 anos e é especialista em dieta vegetariana.

Instagram: @dr.mariolhano

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