Vulnerabilidade: novo diretor da Organização Mundial da Saúde alerta para o risco de novas epidemias

Parece até contraditório, mas é a realidade: por mais que a medicina e a tecnologia caminhem de mãos dadas a passos largos e tenham alcançado conquistas fundamentais na saúde, ainda há muito que prevenir.
O novo diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesu, deu a sua primeira entrevista coletiva neste mês, em Genebra, onde falou sobre o cenário ainda vulnerável no que se refere à segurança da saúde pública e da prevenção de epidemias arrasadoras em todos os cantos do planeta.
Para impedir que epidemias graves se espalhem, ele pretende criar uma força internacional com milhares de profissionais, entre médicos e enfermeiros, para enviar com antecedência à áreas identificadas com risco de doenças graves e contagiosas.
É como se fosse uma espécie de “exército da saúde”, como ele chamou, que além de combater o inimigo, treina equipes locais. Essa é uma das ações que fazem parte da nova prioridade da OMS, segundo o novo diretor: prevenir as emergências.
Sabemos, historicamente, que essa preocupação tem bastante sentido. Ainda que seja mais difícil acontecer grandes epidemias causadas por problemas de saneamento básico e higiene, que eram mais comuns há séculos atrás, há outros tipos de perigos eminentes que precisam ser mapeados e tratados com atenção.
É o caso, por exemplo, de vetores que transmitem vários tipos de doenças fatais, como o Aedes Aegypti - como é possível que com a medicina tão avançada um simples mosquito pode transmitir tantas doenças mortais? Não tem jeito, a prevenção ainda é o melhor caminho quando se trata de saúde pública.
E aqui cabe uma pergunta para todos nós: será que já não corremos riscos demais com doenças que estão fora do nosso controle, como as epidemias, para aumentar ainda mais o perigo “deixando de lado” aquilo que cabe a nós sobre a nossa própria saúde? Em outras palavras: por que é que mesmo sabendo de tantos riscos, ainda não damos atenção devida ao nosso próprio cuidado?
Pois os índices de diabetes, hipertensão, câncer de próstata, obesidade infantil e outras doenças controláveis continua alto, em todo o mundo.
Prevenção, exames de rotina, alimentação, acompanhamento médico, hábitos saudáveis. Tudo isso já está demasiadamente comprovado como fundamental para a preservação da vida e é reforçado sempre, e por que é que ainda a grande maioria das pessoas parece não se importar?
Olhando pela dimensão que Tedros Ghebreyesu aponta, é muito mais do que cuidar de si mesmo: é cuidar de gerações inteiras que podem ser afetadas por nossa falta de zê-lo. Só estamos protegidos, se todos estiverem.
O novo diretor da OMS informou ainda que até maio deste ano conta com a indicação de 50 países, com quantidade de profissionais que cada um poderá enviar para a força tarefa do “exército da saúde”. Uma força internacional disposta a combater surtos epidêmicos em qualquer lugar do mundo.
Também criou o Conselho de Segurança da Saúde com investimento para mapear possíveis lugares com propensão para doenças graves.
Todos os dias o diretor recebe um aparato geral sobre o contexto da saúde no mundo e está por dentro da situação da febre amarela no Brasil.
Vale lembrar que esse desempenho da OMS não faz sentido sozinho: cada um de nós pode ajudar para que a situação geral da saúde melhore no mundo. Quanto menos problemas existirem para nos preocuparmos, mais qualidade de vida estamos garantindo a nós e aquilo que deixaremos para as próximas gerações.
Conte sempre com a Alpha Saúde para cuidar da sua saúde.
Fonte: